A poupança, que era um produto muito simples, ficou mais complicada. Por décadas e décadas, a remuneração da caderneta foi de 6% +TR. Agora, há a antiga regra para os depósitos já feitos e outras duas para os novos depósitos - uma para quando a Selic ficar acima de 8,5%; outra para quando a taxa chegar a esse ponto ou cair mais.
O governo tentou explicar as mudanças, mas deixou circular muito disse-me-disse; deveria ter amadurecido a ideia, primeiro, antes de anunciá-la.
A caderneta antiga, no cenário de juros em queda, pode até se tornar uma campeã de rentabilidade. Se a inflação e os juros caírem bastante, renderá mais. Todo depósito feito até ontem continua sendo remunerado como antes (TR+6% ao ano).
Portanto, como o cenário agora é de queda progressiva da taxa de juros, a poupança (antiga) vira uma boa aplicação.
Já os novos depósitos sempre perderão da Selic. Quando ela estiver abaixo ou em 8,5%, a remuneração será de 70% da taxa mais TR; se a Selic subir muito, em caso de uma onda inflacionária, a remuneração da poupança não acompanhará a Selic, volta-se a 6% mais TR.
Quem migrou para a poupança recentemente se deu bem, porque o cenário é de queda maior dos juros. Vale lembrar que os fundos de renda fixa pagam imposto de renda e taxas de administração. É hora também de os aplicadores pressionarem o seu banco para reduzir essa taxa e elevar a remuneração do produto.
Por, Mirian Leitão
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