Petróleo, portos e Tombini animaram a semana
Petróleo - O governo realizou com sucesso a 11a Rodada de Concessão de Áreas de Petróleo. Conseguiu arrecadar R$ 2,8 bilhões, que é mais ou menos equivalente, em termos reais, aos R$ 2,1 bilhões arrecadados em 2007, última rodada que valeu. A de 2008 foi cancelada. Apesar de as rodadas terem sido interrompidas porque o governo Lula e a então ministra Dilma quiseram mudar o marco regulatório, e criticaram o modelo de concessão, o leilão foi feito no marco antigo e no modelo de concessão. Ou seja, coerência, zero.
MP dos Portos - A aprovação da nova Lei dos Portos foi o assunto que dominou a semana, com cenas lamentáveis no Congresso de pugilato moral e travessias noturnas em sessões que davam a impressão de que nem se entendia o que se votava. Ela mostrou fissura na base e cria uma assimetria de tratamento em relação ao setor privado. Alguns grupos terão muito mais vantagens do que outros. Difícil entender isso num momento em que o governo precisa de todo o investimento privado que puder mobilizar. O projeto seguirá, agora, para sanção da presidente, que deve vetar alguns pontos. Todo mundo quer que os portos sejam mais eficientes, mas há dúvidas em vários pontos do novo marco regulatório que tem retrocesso, pelo menos, para os atuais investidores na área.
IBC-Br - O BC divulgou na quinta-feira o seu indicador de atividade, o IBC-Br, que aumentou 0,72% em março em relação a fevereiro. Ele veio mais fraco do que o esperado. É mais um indicador que surpreende negativamente neste início de ano. No primeiro trimestre, o crescimento foi de 1%, praticamente no mesmo ritmo dos 0,9% de crescimento do quarto tri.
Tombini e a inflação – O presidente do BC, Alexandre Tombini, na quinta, em seminário no Rio, fez afirmações fortes que foram entendidas como mudança de tom. Ele disse que fará “o que for necessário” para reduzir a inflação. Não usou a palavra cautela ao falar da alta de juros. Disse que o BC “está vigilante”. Tudo isso levou o mercado a puxar para cima a curva de juros futuros.
Vendas do comércio – Tiveram a segunda queda consecutiva em março, desta vez, de 0,1% em relação a fevereiro. No primeiro trimestre, o varejo recuou 0,2% na comparação com os últimos três meses de 2012 (o primeiro recuo desde 2008). Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta foi de 3,45%, a menor desde 2004. O aumento dos preços dos alimentos reduziu as vendas dos supermercados.
Petrobras capta US$ 11 bi – Na segunda-feira, a empresa captou US$ 11 bi no exterior com emissão de títulos. A Petrobras precisa levantar recursos para viabilizar seu plano de investimentos.
Zona do euro na mais longa recessão – Com a queda do PIB de 0,2% entre janeiro e março, a região entrou na mais longa recessão da história. São seis trimestres no vermelho. Dos 17 países da zona do euro, só a Alemanha não teve recessão, mas cresceu muito pouco (0,1%).
Morre Videla - Ex-presidente da Argentina, general Jorge Videla morreu hoje na prisão. Ele é acusado de ser o responsável pela morte de milhares de argentinos que eram contrários ao regime militar.
by, Mirian Leitão
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