Europa - A semana foi marcada pela Grécia. O medo de que o país saísse do euro ficou muito concreto. Houve quedas nas ações no mundo inteiro.
Numa reunião informal dos países membros do euro, foi dito para que eles preparassem planos de contingência para a saída da Grécia, o que provocaria graves consequências, contágio. Na Espanha, o Bankia está com problemas, pediu ainda mais dinheiro do governo.
Isso provocou uma onda de pessimismo. Bolsas caíram; o dólar subiu, inclusive no Brasil. O BC atuou várias vezes para tentar evitar movimentos bruscos da moeda americana. Uma crise lá fora produziu efeitos aqui dentro.
Haverá novo encontro dos líderes europeus em junho. Hoje mesmo já se fala que a Alemanha está propondo políticas de crescimento.
Pacote para estimular a economia - É o sétimo desde 2008. De novo, o foco do governo é o setor automobilístico; o objetivo é esvaziar os pátios das montadoras. Prevê redução do IPI de automóveis, do imposto sobre operações de crédito. Desta vez, até o BC entrou, liberando R$ 18 bilhões de compulsório apenas para aumentar o financiamento de veículos.
PEC do Trabalho Escravo: O Brasil deu um passo importante esta semana. A Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que permite a expropriação de propriedades rurais e urbanas onde for constatado trabalho escravo. É um avanço. Esse tema estava no Congresso há 11 anos. Fica dependendo de uma lei complementar para definir o que é trabalho escravo.
Nota do Japão é rebaixada - O Japão teve a "nota" rebaixada esta semana pela agência Fitch, que destacou o alto endividamento do país. Acontece que o Japão sempre teve dívida elevada - está em 200% do PIB, a maior do mundo, sempre financiada a custo baixo pelos próprios japoneses.
Desemprego cai - O mercado de trabalho continua aquecido. A taxa de desemprego, que tinha subido em março, voltou a cair em abril, passando de 6,2% para 6%, a menor para o mês desde 2002, segundo o IBGE.
Já o rendimento médio real dos trabalhadores caiu 1,2% em relação a março, para R$ 1.719,50.
Contas externas: Os brasileiros estão gastando menos no exterior - em abril, a queda foi de 7,6% em relação a março. O motivo é a alta do dólar. A entrada de capital estrangeiro também foi menor.
Crédito e inadimplência em alta, juros caem - O BC divulgou hoje que o volume de crédito cresceu 1,2% em abril na comparação com o mês anterior, chegando a R$ 2,1 bilhões. No ano, o crescimento é de 3,5%; e em 12 meses, de 18,1%.
A inadimplência do consumidor (atraso acima de 90 dias) subiu para 7,6% em abril. Já a taxa média de juros cobrada das famílias caiu 2 pontos percentuais, para 42,1% ao ano, uma boa notícia.
IPCA-15: A prévia da inflação oficial acelerou em maio para 0,51%, mas continuou recuando no acumulado em 12 meses, de 5,25% para 5,05%. A boa notícia é que os preços dos serviços desaceleraram.
Fonte: Globo News
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