Em teoria Geral da Administração você vai aprender a história da administração e sua evolução.
Em sintese classificamos o estudo da teoria geral da administração da seguinte forma:
Teoria Geral da Administração
Sabe-se que a Administração obteve diversos enfoques e visões através do tempo, contudo, apesar dos diferentes tratamentos da Administração, ela permanece como forma de aprimorar os meios para atingir os melhores fins.
A administração é praticada desde que existem os primeiros agrupamentos humanos. A moderna teoria geral da administração, que se estuda hoje é formada por conceitos que surgiram e vêm-se aprimorando há muito tempo, desde que os administradores do passado enfrentaram problemas práticos e precisaram de técnicas para resolvê-los. Como no exemplo bíblico citado por Chiavenato, onde relata que Moisés estava passando o dia cuidando de pequenas causas que o povo lhe trazia. Então Jetro, seu sogro, recomendou: procure homens capazes para serem líderes de 10, 100 e 1.000. Este conselho foi dado a Moisés cerca de 3.500 anos atrás. Já nessa época era utilizado um sistema de administração hierarquizada. Mas foi com a Revolução Industrial do Século XVIII e o surgimento das máquinas a vapor, fator determinante na mecanização da indústria e da agricultura, com desenvolvimento do sistema fabril, e substituição da tarefa artesanal pela atividade da máquina, que se cria uma necessidade de sistematizar um processo administrativo que atendesse as exigências do novo modelo organizacional.
É nesse contexto que aparece a Administração Científica, que propõe a substituição do empirismo das decisões tomadas através da intuição por uma ciência administrativa, que buscava o rendimento máximo por meio da organização racional do trabalho proposta pelo americano Frederick Taylor (1856-1915). O foco nas tarefas e funções, a pouca atenção no humano (teoria da máquina), a limitação do campo de aplicação e a ausência de comprovação científica foram algumas das principais críticas a essa teoria.
Também americano Henry Ford (1863-1947) fundou em 1899 a Detroit Automobile Company, empresa que se dissolveu mais tarde, mas deu sustentação para anos depois organizar a Ford Motor Company. Através daí Ford adotou uma abordagem revolucionária na fabricação de automóveis, utilizando princípios da administração científica. Após muito estudo, máquinas e trabalhadores foram colocados em seqüência na fábrica de modo que um automóvel pudesse ser montado sem interrupções ao longo de uma linha de produção móvel. Utilizava-se energia mecânica e uma esteira para extrair o trabalho dos trabalhadores. Do mesmo modo, a fabricação das partes também foi radicalmente modificada, ou seja, a organização do trabalho foi racionalizada. Esse modelo de produção em massa proposto por Ford revolucionou a indústria automobilística ficando conhecido como Fordismo.
Paralelamente à Teoria Científica de Taylor e o Fordismo, na Europa surgia a Teoria Clássica da Administração. Proposta por Henry Fayol (1841-1925) baseado em sua experiência na alta administração. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do homem econômico e pela busca da máxima eficiência. A Teoria Clássica dá ênfase exagerada na estrutura organizacional, isto é, visão do todo organizacional (seções, departamentos), e foi criticada principalmente por não existir fundamentação experimental dos métodos e técnicas estudados por Fayol, os princípios que a teoria apresenta precisava de uma efetiva investigação, não resistindo ao teste de aplicação prática.
Foi surgindo assim uma necessidade de humanizar e democratizar a administração. Os teóricos começam a perceber que a ênfase colocada nos métodos de trabalhos e na organização formal e os princípios da administração não bastavam dando lugar as preocupações com as pessoas e os grupos sociais.
No início da década de 30 do século XX em contraposição às teorias de Taylor e Fayol surgiu nos EUA a Abordagem Humanística da Administração, conhecida também como Escola das Relações Humanas. Tinha objetivo de corrigir a forte tendência de desumanização do trabalho tirando a ênfase na tarefa e na estrutura e passando para as pessoas. Fundada por Elton Mayo (1880-1949) a Teoria Humanística é consequência das conclusões da experiência em Hawthorne e fundamentada nas idéias de John Dewey e da Psicologia Social de Kurt Lewin. Foi criticada pela oposição cerrada à Teoria Clássica, pela concepção ingênua e romântica do operário, a limitação do campo experimental e principalmente pela ênfase exagerada nos grupos informais em detrimento das organizações formais, o que necessitou de uma reelaboração, a partir da Teoria Comportamental que procurou corrigir as lacunas deixadas pela Abordagem Humanística da Administração.
Enquanto se desenvolvia e avançava a abordagem humanística, crescia paralelamente o Modelo Burocrático de Max Weber (1864-1920), com seu estruturalismo organizacional e princípios comportamentais rígidos. Com ênfase na competência técnica e meritocracia, nessa teoria a escolha e avaliação das pessoas devem obedecer ao critério do mérito e competência técnica e não em preferências pessoais.
Quase junto com a Teoria Comportamental que assenta em novas proposições acerca da motivação humana, onde o administrador precisava dominar os mecanismos motivacionais para poder dirigir adequadamente as pessoas, surge a Teoria Estruturalista inspirada na abordagem Burocrática de Weber, tenta conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações.
Na década de 50 surgem uma série de teorias que propõe uma retomada das abordagens clássica e científica tendo como principal autor Peter Druker (1909-2005) mas com outros representantes, a Teoria Neoclássica, como ficou conhecida no Brasil, tem o foco nos resultados organizacionais (objetivos) e constitui um movimento relativamento heterogênio e não uma escola bem definida conforme Chiavenato.
A partir de Peter Drucker e a Teoria Neoclássica as teorias passam a ser chamadas de modernas, pois ele é considerado o pai da administração moderna. Surgem teorias como a Contingêncial, a Teorial Geral dos Sistemas e outras que contribuiram para avanço da administração como ciência.
No século XXI, a administração e as organizações estão sofrendo grandes transformações, as empresas privadas, em particular, operam dentro de um contexto extremamente competitivo e precisam aprimorar continuamente sua eficiência: fazer mais, com menor quantidade de recursos, possibilitando o surgimento de novas teorias administrativas a qualquer momento.
Referências Bibliográfica
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000;
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 7ª edição. São Paulo: Atlas, 2007;
MORAES, Anna Maris Pereira de. Introdução à Administração. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 2004;
PARO, Vitor Henrique. Administração escolar: Introdução crítica. 9ª ed. São Paulo: Cortez, 2000;
STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5ª ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1999.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/35539/1/AS-TEORIAS-DA-ADMINISTRACAO-E-SUAS-INFLUENCIAS-NA-EDUCACAO/pagina1.html#ixzz1Qrt400Ei
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